"Dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil."
É o que desperta. Um jogo que "não vale nada", mas ao ver a seleção brasileira entrar em campo, numa copa do mundo, uma esperança de alegria reacende em nossos corações, mas que foi rapidamente apagada, logo nos primeiros minutos da partida.
Tudo bem que a Holanda abriu dois a zero logo nos primeiros minutos com dois gols irregulares, mas isso foi o que menos importou. Não justifica. Nada justifica. É constrangedor dizer que a arbitragem interferiu no placar, apesar de ser uma mentirosa verdade.
Felizmente taticamente a seleção foi bem escalada, o esquema tático foi protetor, e as peças que foram bem mais determinante dessa vez para justificar a derrota. David Luiz foi o de longe o pior da partida. Ele foi o queridinho da copa, e isso escondeu suas falhas. Fez uma ótima partida contra a Colômbia, mas foi aterrorizante nas duas partidas seguintes. Entregou no mínimo três gols contra a Alemanha e teve participação negativa nos dois primeiros gols no jogo de hoje.
Mas nem de longe podemos julgar alguém individualmente. Júlio César é o goleiro mais vazado de todas as copas e de todos os tempos. E é o menos culpado, apesar de muitos dos gols tomados serem defensáveis. Muitos reclamavam com razão de Fred, mas o problema da seleção não se limitava à sua ausência, que muitos achavam que era a "fórmula mágica" para que voltasse o futebol brasileiro.
Hoje ficou (mais uma vez) provado que não temos capacidade alguma para vencer os melhores times do mundo, ainda mais sem Neymar. A verdade é que se não fosse por Neymar, nem teríamos classificado. Infelizmente não temos outros jogadores diferenciáveis, como em anos anteriores, mas temos bons jogadores, muitos deles que nem foram convocados. Três vitórias, dois empates e duas derrotas vexatórias. Não foram "apenas" seis minutos, Felipão. Não foi "apenas" um apagão.
E o técnico ainda tenta justificar o injustificável. Ele se apega aos números, se apega às vitórias a frente da seleção desde o ano passado, contando com os medíocres adversários enfrentados. São tantas desculpas que enoja-me acompanhar suas coletivas. Defende o indefensável, sendo tão medíocre quanto o seu trabalho, daí vemos porque jogamos tão mal.
E quarta colocação é sim, demérito. Temos jogadores e tudo para brigar nas cabeças, ainda mais jogando em casa. Porém a colocação pouco importaria, até seria comemorada, se tivéssemos acompanhado um futebol com garra, técnica, se tivéssemos acompanhado uma seleção com brio, que honrasse a camisa. Poderíamos estar aqui dizendo que no esporte um dia se ganha e em outro se perde, mas perder da forma vexatória e pífia como vimos, é inadmissível.
Uma linda copa do mundo e uma seleção medíocre. Saibamos diferenciar. Podemos ainda ser presenteados, se o técnico Felipão fosse demitido, imediatamente, e a Argentina perdesse para a Alemanha, se possível de goleada. Mas nada vai apagar essa medíocre participação brasileira, vamos morrer com isso.
Agora é a final. Infelizmente a Holanda foi medíocre, omissa, covarde contra a Argentina. Agora resta torcer para a Alemanda, que muitos dizem que foi impiedosa contra o Brasil, mas na verdade foi piedosa, porque poderiam ter feito mais de 10 contra o Brasil, e fizeram só sete, como a Holanda fez apenas três no jogo de hoje.
É de se lamentar, vida que segue, torcendo para que os incompetentes sejam punidos, e que o Brasil volte a ser Brasil.
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