Copa do Mundo 2014: Brasil 1 x 7 Alemanha. "Tragédia"


Tive que tirar uma foto da TV pra ver se estava sonhando. Não estava. 

E não é difícil de explicar, como muitos dos jogadores disseram. Os indícios estavam aí, não enxergou quem não queria, não disse nada quem deveria. Acompanhamos uma seleção limitada, que vencia sem convencer, mas que seguia em frente, dando, claro, esperanças para o torcedor. A seleção poderia ter sido campeã? Claro, em 94 o Brasil foi campeão também ao trancos e barrancos, mas quando é assim as derrotas sempre estão bem mais perto do que as vitórias, e dessa fez ela veio de forma vexatória, no mínimo. 

Após a confirmação da saída de Neymar da Copa, todos ficaram perplexos, e essa perplexidade entrou fundo na equipe brasileira. Um elenco de 23 jogadores, e a ausência de um jogador impactou o grupo de forma irreversível. Principalmente porque o trauma da saída de Neymar não foi superado, e erroneamente foi arrastado, um erro fatal assinado e corroborado por Luis Felipe Scolari, que ficou provado quando o próprio saiu primeiro com o boné de dentro do ônibus, ridículo, com a escrita "FORÇA NEYMAR". Força Neymar porquê, amigos? Ele já tava fora, porque, pra quê, isso? Qual o ganho? Nenhum. 


Thiago Silva também fez muita falta, e não houve essa comoção. Houve foi uma erronia e ridícula maneira de tentar dar condição de jogo para o capitão, após uma suspensão merecida. Uma seleção que mostrou desde o início que tinha sérios problemas psicológicos, que se desconcentravam facilmente, principalmente quando tomava gols. Um apagão sempre acontecia após levar gols, e esse foi o maior deles.

Mas o lado emocional não foi o único problema. Mais uma vez, o principal responsável escalou muito mal sua equipe, sem falar que já tinha convocado muito mal. Felipão foi omisso ao trocar apenas nas posições que precisava, obrigatoriamente. Dante no lugar de Thiago, natural, mas pecou principalmente por ter escalado Bernard, aquele que tem "alegria nas pernas", e que só ele enxergava. Bernard NUNCA jogou uma partida boa pela seleção, é reserva em seu clube, o Shakhtar Donetsk, fez uma última temporada no Atlético muito ruim, e praticamente não fez nada na copa das confederações, ano passado. Como também não fez nada no jogo de hoje. Ninguém fez, é verdade. 

O que todos apostavam e que todos esperavam, era que o Brasil respeitasse a Alemanha, respeitasse o seu meio de campo, além de reforçar o lado mais frágil de sua equipe, escalando Paulinho, Luiz Gustavo e Fernandinho, com Oscar mais centralizado e liberando os laterais. Uma ótima tática, que provavelmente não traria a vitória, mas que teria diminuído e muito o vexame. 

E não sou "engenheiro de obra pronta", disse tudo isso antes nas redes sociais. E não sou nenhum gênio do futebol, a atitude a ser tomada estava clara, muitos disseram isso, só o que ganha muito pra pensar não viu. 

Uma derrota impossível de engolir, mas são coisas do futebol. Derrotas vêm, vitórias da mesma forma. Isso é apenas um torneio de futebol. Um jogo que dificilmente será esquecido, mas que felizmente tirará o super técnico campeão (sim, ele é) de nossas vidas, dando a ele uma merecida aposentadoria. Quatro ou cinco jogadores desse elenco deverá ser aproveitado, o resto, torço, para que siga o mesmo caminho de Felipão.


Vida que segue. Independente do vexame, Felipão conseguiu colocar a seleção entre os quatro melhores do mundo, talvez entre os três. Isso é fato. Tudo isso aos trancos e barrancos e com todos os problemas mencionados. Temos que admitir que a pressão de sempre ganhar tudo é grande, e que foi ainda mais prejudicial por estarmos jogando em casa. Se tivéssemos perdido de um ou dois gols de diferença, seria normal, aceitável, a forma que a derrota veio que foi dolorosa, mas bom para expor definitivamente todos os erros da seleção.

Que venha, então, 2018. Que venha um técnico moderno, ousado, que entende de tática e não fique apenas dando uma de animador de festa, pois não dá pra viver, mais, de apenas isso. 

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