"Nossa senhora! Ave Maria!" Exclamou o ateu.
Brasil 4 a 1, em jogo que definiu o grupo A. Um resultado que esconde o desespero que foi o jogo contra Camarões, seleção que não tinha nada pra perder, mas podia causar muita dor de cabeça para milhões de brasileiros. E causou, pelo menos em alguns minutos da partida, fato que exibiu vários aspectos negativos da seleção, que dificilmente serão corrigidos nessa Copa.
Não interessa que time o Brasil enfrentaria, se perdesse a partida poderia ser desclassificado na primeira fase da competição, fato que seria aterrorizante para a torcida brasileira. E o futebol traz a emoção que conhecemos porque tudo, absolutamente tudo pode acontecer, e o fato de perdermos essa partida, mesmo que improvável, era possível, e após o sufoco sofrido pela a seleção brasileira na primeira etapa, deixou isso muito evidente.
Os jogadores brasileiros ainda continuam nervosos, errando passes bobos, afrouxando na marcação. Muita ligação direta dos zagueiros, sem passar pelo meio de campo, que inexistiu em alguns momentos. Mais uma vez os mesmos decepcionaram: Paulinho, Oscar, Fred e Daniel Alves. Felizmente Felipão viu isso e finalmente tirou Paulinho do meio de campo, dando lugar para Fernandinho. A atitude arrumou o meio de campo, principalmente na parte defensiva, e o jogador, de quebra, para tirar todas as dúvidas, fez até gol.
E o meio de campo era de fato a parte que "matava" a seleção, fato que alertou o técnico Felipão, que tiraria Oscar, mas para poupar o craque Neymar, preferiu tirá-lo ao invés de Oscar. Fred é outro que esteve muito mal, principalmente no primeiro tempo, onde teve, definitivamente, oportunidades para marcar, mas acabou decepcionando. Acabou, finalmente, fazendo o seu, mas tecnicamente esteve de novo abaixo do que poderia render.
Parabéns para o Felipão, que finalmente teve coragem de tirar um titular, mas ainda precisa de mais coragem principalmente para colocar Maicon na lateral direita, e substituir as peças que não estão dando certo bem mais cedo.
Mas quem tá de parabéns mesmo, e de novo, é o craque Neymar. Decisivo, mais uma vez. Genial, mais uma vez. 22 anos e não sente pressão alguma, põe a bola debaixo dos braços e chama a responsabilidade para si, e está carregando a seleção. Muitos dizem que é só marcar o craque que acaba a seleção. Todos sabem disso, mesmo assim o craque segue atropelando todos os seus marcadores e dando show. Simplesmente porque é fácil mandar marcá-lo, difícil (ou impossível) é conseguir isso.
A seleção brasileira penou nessa primeira fase. Passou sufoco em todos os jogos, não está entre as melhores seleções do mundial, mas uma coisa é certa: Neymar é o melhor jogador do torneio, e coloca facilmente CR7 e Messi no bolso. Um fenômeno, de verdade.
Agora é outro campeonato, disse o engenheiro de obra pronta. Mas é a verdade. Os problemas que a seleção teve e tem, são perigosíssimos em uma fase de grupos, podendo ser fatal. Mas em um mata-mata as coisas mudam, e a raça, empenho, dedicação, torcida... podem suprir isso, e essa é a grande arma que a seleção tem.
Passa por problemas técnicos, principalmente individuais, mas agora é faca nos dentes e sangue nos olhos, e acreditamos que com isso possamos passar pela forte seleção chilena, para que caminhamos arduamente rumo ao tão sonhado hexa-campeonato.
Avaliação da Seleção Brasileira
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Avaliação da Seleção Brasileira
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