Um time desacreditado. Montado com peças que tinha tudo para dar errado. Um técnico rejeitado pela imensa maioria, por ter história com o rival. A dura missão de montar um time a altura do Atlético, pois montara um bom time e que acabou sendo campeão da libertadores. Uma diretoria nova, que precisava mostrar trabalho, agravado depois da desvalorização pela contratação do péssimo Celso Roth. Esse era o Cruzeiro 2013, que venceu tudo e todos. Exatamente, todos.
Um campeonato brilhante. Um time brilhante. O time se encaixou perfeitamente no esquema tático esplêndido montado Marcelo Oliveira, aliado com as peças individuais - que funcionaram perfeitamente - o Cruzeiro se tornou imbatível. O Cruzeiro investiu sim, mas investiu sem loucura, sem 'gastar muito'. Jogadores que vieram da série B; jogadores desacreditados; e poucos jogadores tarimbados. Podemos dizer que, exceto Dedé e o reserva Júlio Batista, o time foi formado com pouco dinheiro e muita qualidade de escolha, créditos totais para o presidente Gilvan, Marcelo Oliveira e para o diretor de futebol Alexandre Mattos.
Um passeio, apenas cinco derrotas até o momento do título, três delas porque definitivamente o time tinha perdido o foco, dado a grande distância na tabela que manteve do segundo colocado. Vitórias foram se tornando cotidiano na toca da raposa 3 e quando se viu, o time celeste se distanciou de forma incrível, tornando o campeonato 'sem graça'.
O título veio no jogo contra o Vitória, mas apenas matematicamente porque a várias rodadas o Cruzeiro já era considerado o virtual campeão. A 'final virtual' foi contra o Grêmio, numa partida ilustre, de gala, quando massacrou aquele que era o único time que ainda não tinha perdido para o Cruzeiro, mas pagou caro por sustentar esse 'título'. 3 a 0, fora o show.
Fim do brasileirão e um time destoou do restante. O campeonato foi equilibrado sim, até o final, se tirássemos o Cruzeiro do campeonato. Um tri-campeonato espetacular. Melhor campanha nos dois turnos, melhor ataque, melhor saldo de gols, uma das melhores defesas, melhor time em casa, melhor campanha como visitante. Sem mais.
Como disse o Borges: "Ser campeão é uma coisa, agora tri, em minas, só o Cruzeiro".
Nenhum comentário:
Postar um comentário